O MENSALÃO DA GANGUE DO LULA

“Se fosse na China, essa quadrilha de mensaleiros teria recebido punição exemplar: um um tiro na cabeça!”

Por Elenilson Nascimento
Uma das muitas frustrações da minha vida é ter nascido e ainda morar no Brasil. Um país tão imenso quanto desigual. Um país racista, preconceituoso, desinformado, manipulado, sem oportunidades (*apesar das propagandas mentirosas de faculdades de esquinas) e onde cerca dos 10% mais ricos concentram 50,6% da renda. Um país que trata a educação e os seus professores como lixo. Um país anárquico, demagógico, fantoche e que prefere mudar o nome de favela para comunidade como se isso resolvesse todos os problemas de saneamento.
Mas são raríssimas às vezes em que determinada geração tem a oportunidade de vivenciar a história do país, meio atrasada, sendo feita. Foi assim nas Diretas Já, o movimento civil de reivindicação por eleições presidenciais diretas no Brasil ocorrido em 1983-1984, que cominou com a eleição do Tancredo Neves, o presidente que morreu(?) antes de tomar posse. Foi assim no impeachment do Collor, por denúncias de corrupção envolvendo o seu tesoureiro, PC Farias, feitas por Pedro Collor, irmão do então presidente sacripanta, que culminaram com um processo de impugnação de mandato.
E são dessas formas que a história de um país são feitas. Com fatos muitas vezes vergonhosos. E são sobre eles que os historiadores se debruçam e que os poucos professores comprometidos organizam suas aulas, na tentativa de encontrar um fio condutor que os ligue e que cujo somatório é o que chamamos de fatos históricos.   
O mensalão é um desses fatos. Um gigantesco arranjo partidário, financeiro, empresarial em que parte das elites governantes do Brasil no mandato do Lula, pai dos pobres e da Dilma, se pôs de acordo sobre o uso de dinheiro de diversas origens, quase todas elas espúrias, para comprar ou manter o apoio ao Palácio do Planalto de parlamentares e partidos tradicionalmente mercenários, para saldar dívidas de campanha com dinheiro não contabilizado, o chamado Caixa 2, até que o furor de vingança (por quais motivos?) que o então deputado Roberto Jefferson, figura-chave no desmantelamento do mensalão, descreveu como sua voz de barítono como “ratos magros!”. 
 As caras de dementes de Dilma e Lula eu até entendo... mas a do Zé “mané” Dirceu... 
Ele deve estar sabendo de algo que a gente não sabe! Será que ele vai ser inocentado?
E após sete anos das primeiras denúncias, o STF começa a escrever hoje, 02/08, o último capítulo da história do mensalão, o maior processo político já analisado pela Corte. Os 11 ministros convocados definirão se houve – será que eles ainda têm dúvida? – esquema de corrupção ativa, formação de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, evasão de divisas e compra de apoio para o governo no primeiro mandato do Lula, e caso afirmativo, quais foram os responsáveis pelos delitos. Os acusadores entenderam que pelo menos quatro partidos – PT, PP, PL (hoje PR) e PTB – beneficiaram-se do esquema, além da contrapartida para empresários e funcionários de instituições financeiras.
Isso é inédito no Brasil? Claro que não! Mas, pelo que sabemos, nunca se tinha tentado uma operação dessa envergadura com a instalação no coração do mundo político de Brasília um mecanismo de mercado negro de consciência criminosa em troca de muito dinheiro, onde políticos desonestos, orquestrados pelo PT, iam e vinham de agencias bancárias. E a grandiosidade desse julgamento pode ser medida por seus números: são 38 réus, cerca de500 testemunhas e mais de 50 mil páginas de autos. E a expectativa é que o julgamento se estenda por dois meses, enquanto a maioria dos processos que passam pelo tribunal dificilmente ultrapassa três dias de trabalho, isso quando não são arquivados.
O que está agora em jogo não é apenas o destino das 38 pessoas acusadas, mas a moral da justiça e da política brasileira, defenestradas e desacreditadas nos últimos anos. O que também está em jogo é que mais uma página da história estamos escrevendo nesse ainda começo de século XXI – página que pode nos envergonhar ou da qual nós, nossos filhos (eu não quero filhos!) e netos vamos nos orgulhar. O que eu duvido muito. Mas uma pergunta que fica no ar: o que a Receita Federal faz com relação a esses pacotes de dinheiro que políticos e funcionários do governo vivem enfiando nos bolsos, bolsas, cuecas e calçolas? Segundo o J. R. Guzzo, “a PF e o MP, a essa altura, já poderiam ter montado uma cinemateca inteira com os vídeos que registram essas cenas”.
 O juiz Antonio Toffoli pode ser um pau mandando do PT.
E ESSE JUIZ? – Além de tudo isso, o mais importante julgamento da história do STF já começa com a incerteza sobre a participação de dois ministros. Um por ser considerado velho demais, o Cezar Peluso. O outro, um juiz que não conseguiu sequer ser aprovado na magistratura de primeira instância, que não possui qualquer qualificação acadêmica, porém vale dizer que o ilustre ministro está diretamente ligado ao PT, o José Antonio Dias Toffoli –que sentou na cadeira do plenário do STF sob muitas suspeitas, que com o passar dos tempos apenas foram se confirmando.
Toffoli – segundo várias denúncias da Veja, se bem que a Veja não é mais referência de nada – foi um dos ministros que votou contra a Lei da Ficha Limpa (que criticou abertamente em diversas oportunidades), chancelando a posse no Senado Federal, acreditem, do déspotaJader Barbalho, que entre outras coisas, é acusado de desviar da SUDAN (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia) mais de 1,7 BILHÕES de reais. Em mais uma de suas questionadas decisões, monocraticamente arquivou a investigação por crime de peculato contra o Deputado Federal Pedro Henry, acusado de fraude com dinheiro público, absurdo que provocou revolta dos demais ministros, que cassaram sua decisão em plenário! 
E só pra se ter uma ideia da credibilidade do Toffoli perante a corte: nenhum dos mais de 20 inquéritos contra os corruptos que caíram em suas mãos virou ação penal. Os seja, o favorecimento a políticos está acontecendo de forma descarada. Toffoli, alám de tudo, por muitos anos foi advogado do PT e, de uma hora para outra, sem muita experiência, se tornou advogado geral da União no governo do Lula. Segundo a imprensa, neste momento ele está sofrendo muito, coitadinho, com forte pressão com a proximidade do julgamento do mensalão. É mais um absurdo que está presente aos olhos de todos, mas que não vai dar em nada. Esse país está nas mãos de lixos genéticos, pessoas de índoles, digamos, discutíveis, e não tem mais jeito.
Para que o mensalão seja concluído de maneira eficaz dentro de parâmetros de uma Justiça eficiente de um pais minimamente civilizado, é preciso que Marcos Valério, Duda Mendonça, Bispo Rodrigues, Luiz Gushiken, João Paulo Cunha, Roberto Jefferson, José Genuíno, Valdemar Costa Neto e todos os outros sacripantas sejam obrigados a colocar os pingos nos is, revelando tudo o que sabem sobre a suspeita conivência do chefe-deus Lula. Por que em Washington, por exemplo, a capital que os americanos amam odiar, nunca foi tomada de assalto por uma “organização criminosa”? Porque se tivesse sido, a quadrilha de mensaleiros teria recebido punição exemplar. E se fosse na China todos eles já teriam levado um tiro na cabeça.
+ Confira abaixo, o jornalista e escritor Sebastião Nery fazendo uma síntese do vergonhoso mensalão - um esquema montado no governo Lula para comprar apoio de parlamentares e envergonhar a nação.

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