“Enquanto o Deputado Marcelo Nilo fala mentiras na rádio, Salvador apodrece!”
Foi lamentável ouvir a entrevista patética do presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, dePUTAdo Marcelo Nilo (PDT), nessa quarta-feira, 18/04, pela Rádio Metrópole FM, ao radialista e pré-candidato à prefeitura de Salvador, Mário Kertész. E entre as várias sandices o senhor dePUTAdo garantiu o arquivamento de um projeto de lei que nem ele sabia que está para ser votado na Câmara dos baba ovo inúteis, do seu coleguinha dePUTAdo Álvaro Gomes (PCdoB), que pretende instituir no Estado desconto de 50% nas tarifas de telefonia celular para gagos. “Esse projeto estou tomando conhecimento agora. Vou ver esse projeto e vou mandar arquivar”, adiantou.
Nilo, o tempo todo se fazendo de coitadinho e sofredor, se limitou a dizer que tem origem das camadas populares, quando falou sobre a atual greve dos professores estaduais e da inviabilidade, em sua opinião, da reivindicação salarial daqueles professores que recebem acima do piso. Questionado por um ouvinte sobre o valor que o governo empenha em propaganda oficial mentirosas, Nilo defendeu descaradamente a prática e ainda tentou explicar os motivos. “A propaganda é uma coisa importante. Você não tinha conhecimento que a Bahia paga salário maior que muitos Estados que são economicamente mais fortes, que já alfabetizou um milhão de baianos, que 83% das estradas estavam intransitáveis. Você só vai saber através de propaganda”, disse. Alfabetizou quem mesmo? Onde? Quando? Esse senhor deveria está trabalhando no Zorra Total, daria um ótimo humorista.
Liguei para a rádio para me manifestar contra esse beócio eleito e reeleito por esse povo retardado e cego. Mandei mensagens pelo portal da rádio e, como a rádio também é muito democrática, fui solenemente ignorado. Já sobre a polêmica questão dos julgamentos das contas da Assembleia, que somam seis anos nas mãos do Tribunal de Contas do Estado sem a devida análise, o dePUTAdo afirmou que só o próprio órgão pode responder ao questionamento. Ou seja, lavou as mãos. Em quanto isso, atualmente, assistimos em âmbito mundial manifestações que apontam para a construção de uma nova consciência, embora tenhamos a impressão que estamos vivenciando o apocalíptico “final dos tempos”. Porém, nem isso acontece na Bahia. Ao contrário!
Submeter seres ignorantes ao escárnio e a dor para descarga do desequilíbrio nos remete a memória aos porões da escravidão. A terceira cidade do país em população, Salvador nos últimos anos tem sido relegada ao esquecimento, além de manipulada por fantoches orquestrados pela gangue do PT e por um prefeito mamão, digo, João Henrique. Se o litoral da Bahia não tem recebido os cuidados que mereceria com relação a sua performance urbana e a despeito de todas as intervenções realizadas, ainda apresenta baixíssimos índices de qualidade de vida e não menos baixo padrão de urbanidade, imagina então por esses interiores igualmente esquecidos.
Apesar do governador Jaques Wagner viver viajando por todos os lugares, nada de efetivo foi feito na Bahia nos seus dois mandatos. E ao lado dessa triste realidade, a cidade convive com dois grandes focos de preocupação, tanto para os cidadãos soteropolitanos quanto para empreendedores e urbanistas que acompanham de forma quase impotente os seus efeitos nocivos, situações criadas pelas mais diversos nichos de configurações do que poderíamos chamar de mitos e mazelas.
Enquanto esses fantoches asquerosos criam raízes no poder, o povo sofre nas ruas com a violência cada vez maior, educação falida (*os professores estão em greve!), saúde inexistente e muita demagogia. O desejável seria que alguma solução fosse tomada – qualquer uma – para tirar o nosso Estado dessa situação de miséria total. Não existe empregos, nem moradias, nem oportunidades e horizontes para a população. Mas hoje só se fala na Copa do Mundo de 2014, que por sinal será um micão aos olhos do mundo.
De qualquer forma, há uma lição importante a ser considerada pelos governantes, pelas lideranças políticas ausentes na sua obrigação de trabalhar em prol do povo e também pelos sindicatos de servidores: o diálogo – e não pelo jogo de braço – que as partes poderão avançar. E esse país precisa também abrir um debate amplo sobre a responsabilidade dos servidores públicos para com a nação, pois o concurso, a estabilidade no emprego e as prerrogativas de determinadas funções não dão direito a indivíduos e corporações de se apropriar do Estado e de fazer o cidadão refém de suas causas, mas sem excluir a responsabilização dos manifestantes que optaram pela desordem e pela violência. Abaixo fotos da situação de Salvador:
Elenilson Nascimento
Escritor e blogueiro
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